A viagem do João
Há muitos e muitos anos, no tempo em que os animais falavam, havia um morceguinho chamado João.
Ele era brincalhão, curioso, tímido, corajoso, mas… tinha uma fraqueza: ele não via no escuro. Era impossível ir caçar ratos e outros alimentos e brincar com os amigos.
Quando era pequenino, encontrou uma bruxa má, assustado mordeu-a. A bruxa furiosa pegou na varinha e disse:
- Mordeste-me a perna, uma maldição vais ter… ABRA CADABRA!
Puffff!!
Havia muita poeira o João não via nada, e foi embora para casa. Chegou a casa, como não via nada foi contra dois pedregulhos, a mãe preocupada e a estranhar perguntou:
-Foste à gruta da bruxa, não foste João?
O pai bruscamente entrou na conversa.
-Querida, não me digas que o João foi à gruta da bruxa má!?
-SIMM fui disse o João a chorar, E agora não consigo ver…
Quando cresceu os pais disseram-lhe para ir ao Alentejo e encontrar o Tio que lhe indicará o caminho. E ele lá foi.
Passou um dia, dois dias, duas semanas e ainda não tinha encontrado o Tio, mas às duas semanas e meia encontrou-o, estava numa piscina. Então o João disse:
-Procurei-te por todo o lado! Será que me podes ajudar? Põe-me a ver melhor outra vez.
-Não te posso curar, mas, posso ajudar…- disse o Tio com um ar secreto.
-Diz lá, diz lá, depressa!!- insistiu o João.
- Shiu! Fala baixo. Existem umas ervas milagrosas, elas curam o que for preciso, comendo-as. Mas à um problema as ervas estão numa gruta, e a gruta está guardada por um dragão. E, para lá chegares, tens de salvar a princesa Catarina Montoia, e o Rei dar-te-á o mapa.
- Está bem, onde fica o castelo? – disse o João.
-Fica muito, muito longe, na Malásia disse o Tio a ir-se embora.
Passou um mês, até dois…e finalmente encontrou a princesa Catarina.
Ela estava numa torre, bem lá no alto, João não conseguia ver nada, havia nevoeiro. Fhss…fhss…fhss!
-Ao, ao, ao!- gritou o João. – Ah, ah! Que monstro tão grande!!
O João olhou à sua volta e encontrou um pau com fogo, e afugentou o monstro. Subiu, subiu até chegar à princesa Catarina, os olhares cruzaram-se e…foi amor, mas muito amor. João muito apressado disse:
- Podes-me dar o mapa para as ervas milagrosas?
- Sim, claro, porque não. – disse Catarina.
E lá foram os dois para o castelo, felizes por estarem apaixonados. Chegaram ao castelo e perguntaram ao Rei:
- Pode-nos dar o mapa para as ervas milagrosa? – perguntaram os dois.
- Sim, claro já que salvaste-me a minha filhota, podes levar o mapa. E podes casar com ela, só se quiseres. – respondeu muito feliz o Rei.
Lá foram eles a caminho da aventura, primeiro passaram num pântano, depois pelos humanos. Pareciam a tal bruxa má, diziam eles.
Passou uma semana, um mês, de repente avistaram fumo. Assustados, até berrando viram o dragão. O João disse a Catarina para ficar, mas Catarina insistiu em ir com ele, e lá foram.
Pegaram numa tocha e foram ter com o dragão, lembraram-se que o dragão deitava fogo, e bem os podia assar, e recuaram. Pensaram, pensaram, e tiveram uma ideia.
Encheram cinco baldes de água e atiraram contra o dragão. Ele fugiu a sete asas, e não voltou.
Felizes foram à procura das ervas, demoraram 15 min a encontra-las. O João comeu-as e disse:
- Que delicia! Consigo ver melhor outra vez. Finalmente, já passaram 10 anos!
Triste a Catarina deu um beijo ao João na bochecha, e disse:
- Vamos casar em honra disto! Porque eu amo-te como não amei ninguém.
João claro que aceitou e disse:
- Quero, quero casar contigo mas, tenho de ver os meus pais e convida-los para o casamento!
Passou uma semana e foi o casamento cheio de: amor, ternura, presentes e animação.
Tiveram muitos filhos, e esta história passou de geração em geração.
E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!
FIM
Ana Catarina Afonso Morais - 4º F
Ana Catarina Afonso Morais - 4º F